terça-feira, 11 de novembro de 2008

Preço sobre Valor Patrimonial das Ações nos Mercados Emergentes

Sem poder citar a fonte, acabo de ver uma estatística desde 1986 até o presente sobre a evolução da relação média dos preços das ações em relação aos respectivos valores patrimoniais por ação (price/ book value ratio). Portanto, são 42 anos de história.

Nesse período, na média, os preços das ações permaneceram dentro de um caixote definido pelos extremos de 0,90 a 3,0 vezes os respectivos valores patrimoniais por ação. Numa fase, como a atual, em que o desvio padrão de uma projeção de fluxo de caixa futuro é enorme, essa métrica de valuation assume um valor muito importante.

As mínimas foram atingidas em 1986 e 1998 e as máximas em 1989 e 2008, sendo que atualmente essa relação se encontra em torno de 1,30 vezes nos mercados emergentes, do qual as ações brasileiras participam.

Abaixo eu mostro o gráfico semanal da evolução da média da relação acima citada referente às empresas que compuseram o Ibovespa a partir de 2002, calculada após a eliminação dos papéis que apresentaram extremos nos valores patrimoniais por ação e ROE.

Nesse período a mínima registrada foi em torno de 1,0 vez no final de 2008 e a máxima em 3,2 vezes o valor patrimonial da ação em meados de 2007.


Fonte: KB

Na última sexta-feira essa relação, no caso da carteira do Ibovespa, era de 2,12 vezes e, caso a relação de cada empresa fosse ponderada pela sua participação na carteira do no índice, a média teria sido de 2,14 vezes, valores bem semelhantes, porém ambos muito acima da média nos mercados emergentes.

Como o balanço das contas brasileiras e as nossas empresas são melhores do que as respectivas médias dos emergentes, eu julgo que as ações brasileiras merecem uma média da relação preço sobre valor patrimonial superior à média de seus pares.

3 comentários:

aguia disse...

meu Veneravel Mestre:

já que citou coisas de 40 anos pra cá... quase justinho o tamanho da minha praia e a altura do penhaskim, vou dar só um, just one, exemplo do quanto houve extremos, nos tais extremos.

e não vou tirar, tal coisa exemplar, de uma VALE de quando a nossa bolseta mega hiper alavancada e cataplutada, pela putada de sempre, bateu láaaa nos
píncaros dos 74 KG, pois aí o VPA dela não tinha graça nem atrativos, só inchaço e tava na cara que ela estava cara; claro; e muiiito.

já comprei, a muito tempo, em Goiânia, pela Corretora de um tal ex-Agrobanco pluft, Vale pp a 1/20 do VPA... isso mesmo, 5% do valor real da ação e quando digo 5% é com base no Balanço Consolidado que eu mesmo analisei na época, onde aparecem tôdas as dívidas das controladas de uma holding, para se achar o quantum REAL do Endividamento,a fim de estabelecer números confiaveis de Patrimônio Líquido.

e olha que o PL também estava joinha... yield & us cambáus...

não foi confiado em papo de corretora e nem de nenhum analista fajuto de AF não e, mais interessante ainda, na época vc achava Usiminas quase de graça, era só mandar uma OC.

BUT, a poquete estava simplesmente ILÍQUIDA, tipo assim, entregue às môscas, ursos e bois tudo sumido do mapa:

se vc tivesse uma blue, conseguia vender, course; mas nem se atrevesse a estabelecer OV; era mandar catar o primeiro comprador na pedra; BUT, se sonhasse vender um mico e mandasse A MERCADO, teria que dar o nome e telefone do comprador pro seu corretor (rsrs), ou êle iria lhe dizer...

"tá sem liquidez chefia, não tem comprador..."

também já aconteceu comigo.

aguia disse...

digo, OFC e OFV, córz.

PAULO CÉSAR PEREIRA disse...

"acabo de ver uma estatística desde 1986"...

KB, não seria desde 1968?