Que era óbvio que o pêndulo do pensamento econômico iria se mover, eu e muita gente não tínhamos dúvidas. Paul Krugman, professor de Princeton e mais conhecido por ser colunista do New York Times, foi laureado pelo prêmio Nobel de economia devido à sua contribuição para esse ramo do conhecimento.
Crítico feroz das práticas do governo Bush, da desregulamentação financeira, defensor de subsídios para setores vitais, combatia ferozmente o liberalismo. Não conheço a sua obra, mas eu leio a sua coluna, embora sem muita freqüência, pois é muito livresco. Para mim é claro que houve um viés político na escolha desse prêmio. Foi um recado a quem quiser ouvir.
O pêndulo começou a se mover do extremo liberalismo na direção oposta. O equilíbrio sempre é melhor e os extremos são ruins. Se o livre fluxo de recursos financeiros sofrer restrições, preparem-se.
Os sinais de que a era da alavancagem terminou abundam. Esse prêmio foi um deles. Os preços dos ativos terão que se ajustar à nova realidade. A OECD tenta há anos sem muito sucesso pressionar os paraísos fiscais para uma melhor transparência e controle das operações dos hedge funds, os agentes mais alavancados do sistema, até o momento com poucos progressos devido à falta de interesse dos países desenvolvidos.
Alguém acha que as Ilhas Virgens Britânicas, um dos paraísos fiscais mais flexíveis, não se dobraria às pressões da Inglaterra? A pressão irá aumentar.
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Há 3 anos
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