sábado, 4 de outubro de 2008

peteca de volta e KD o FACT, BOB?

reprisando again o velho filme e seus retoques de péssimo gôsto que foi irreverente e inconsequentemente mentirosamente produzido pelo Mercado Financeiro Internacional nos últimos anos, com script xulo adaptado que invoca triste saudosismo de 1.929:

já de muito tempo a esta hora, a gente tem dito e escrito, depois de pensado muito e pesado idem, course, o quanto esta crise, após a passagem da tsú - que ainda está apenas se aproximando do litoral do MFI por ora já padecendo nos sintomas da bandalheira que seus agentes aprontaram anos a fio - vai penalizar gregos e troianos, tipo empresários honestos e trabalhadores (e suas famílias, as de ambos, como nós e as nossas) todos apenas míseros mortais.

ali (e aqui também, como já admite a possibilidade, antes remotíssima, o nosso Mr. Mantega, enquanto não se demite) e acolá, pipocam bankrupty de tubinhas gananciosos, arrastados pela virótica correnteza contagiante dos redescontos hipotecários das moradias de tábuas milionárias (como já atesta o nivel de colesterol dos cupins, nos lares abandonados nos EUA).

foi a festança das alavancadíssimas mortgages, das casas gringas caríssimas, negociaveis e redescontaveis no interbancário e nas seguradoras, em volta ao mundo.

usaram e abusaram do antigo Princípio da Alavanca, do bem intencionado Arquimedes.

e, on the other hand, but, mesmo rítmo de festança - mas agora já de joelhos - fazem confissões (as que não mais escondem, mesmo questionadas, e isto de esconder, para uma Cia de Capital aberto ao dinheiro público direto e 'indireto', não Vale né, uái?) emprêsas abertas que usaram para crescer, dinheiro próprio (pouco) e do povo - através os BNDES de apôio logístico que grassam com nomes outros pelo mundo e via mercados de capitais (muito) - anunciando que perderam mares de grana com a farra de suas zagas defensivas em derivativos, tanto quanto o que ganharam (ou mais do que) com a comercialização de seus produtos, produzidos com o suor de seus trabalhadores; impostos pagos, espero.

foi a festança da globalização dos hedges, no jôgo de zagueiros perna de pau contratados como experts a milhões de real, na cozinha da área menor do jôgo especulativo.

estas duas situações, já incipientemente distinguiveis, podem ser uns dos pilares da crise, para quem se interessar em fazer um diagnóstico do tamanho do buraco... e
como magistralmente mata a cobra e mostra o pau - ou o cipó de sua maravilhosa Serra, foto abaixo - um de nossos veneraveis mestres (o compenetrado, moderno e generoso literalmente 'compartilhador' Tarzan, dono do Cipó da tal Serra), os Indicadores de tôda essa baderna voraz estavam à vista, tanto que - êstes sim - constavam de relatórios como os dos Indicadores pilotos do ECRI e instituições outras analíticas macro, da mesma forma confiaveis - além de perceptiveis, ao observador atento, na análise histórica do mercado, registrada nos charts - ao contrário dos já micados cantos de sereia, melhor 'vendidos', ou enfiados goela abaixo, pela mídia 'especializada' - aos sempre facilmente encantaveis patinhos da audiência - a tal que acabou 'vendendo', ao final, os seus próprios leitores e espectadores esperançosos e ainda insiste em enfiar mais, nos bem mais incautos e ainda insatisfeitos com os chumbos nas asas... ainda.

e fica a respeito e a despeito de tudo isso, uma pergunta não muito respeitosa do tipo 'se tantos vão perder, quem vai ganhar com isso'... traduzindo e já plagiando o estadista Sir Winston Churchil: "nunca tantos deveram tanto a tão poucos" (e agora, just now, não sei bem porque, nem para que, ora vejam... lembrei-me de quê: do JP).

e daí?

daí o seguinte:

não há mal que sempre dure.

por pior que seja a devastação da onda Tsunami do atual processo de mesmo nome; ao final desta estória; ainda não bem contada e talvez, quem sabe - ao se esmiuçar o big troca-troca dos trilhões (1/2 qua) à deriva, nesta mega confusão histórica de ganâncias psicóticas e de complexas operações de defesas psicodélicas - poderá até surgir um enorme piada: a de "não dar para apurar", por não se saber mais "quem deve o que e pra quem" e aí... poderá aparecer outra adaptação de mau gôsto, agora não a um filme antigo, mas ao velho dito popular de conta de boteco, o "devo, não nego, mas também não pago" que seria mais ou menos assim: "devo, não nego, mas não sei quanto e nem pra quem" (quá, again... imaginei o Bush se balançando sorrindo e dizendo isso).

já estou pensando que êste embróglio vai é, num the end confuso e convenientemente indecifravel, ficar sem diagnóstico, até para quem, fidagalmente, mesmo de fora, compartilha a dor, como a turma aqui do blog.

BUT, apenas até o resgistro histórico que não perdoa mentiras.

BOA SORTE A TODOS, e... pô: KD VOCÊ MEU CARO MESTRE FACT???!!!

7 comentários:

Anônimo disse...

Aguia,

o Joseph Schumpeter, foi um economista que viu a inovação, como um fator determinante para retirar a economia do marasmo e trazer um boom ecônomico.
Seja uma nova técnica, novos produtos, novos processos, quebras de monopólio.
Sou formado em economia e o li menos que devia. Algo para consertar.
Talvez, nesta bonança pós-2002, a inovação foram produtos financeiros, para dar alternativa ao capital que insatisfeito com as taxas de juros baixas nos EUA, irrigou o mundo com liquidez.
É certo que houve excessos, que serão purgados. Mas tem sido a história do capital.
Creio que o custo do ajuste no final, será inferior ao benefício que gerou para várias economias nos últimos anos.
Voltando ao Schumpeter, resta saber de onde virão as próximas inovações.
Carlos Magno

Anônimo disse...

to curtindo essas teorias de vcs.....
gostaria de ver umas teorias aprofundados sobre a reação sistemica desse crash o qual a solução que vcs apresentariam no lugar do Bernanke.
Abraço.

Homer disse...

Deixo a minha sugestão de criar teorias para o desdobramento dessa crise...
Fernando

aguia disse...

Carlos Magno:

(espero que estas considerações atendam também aos demais que me honraram com seus comentários)

a alavancagem no SF sempre teve o efeito multiplicador benéfico, de fermentar as atividades econômicas.

e isto ser extremamente saudavel é uma verdade indubitavel e insofismavel.

o que está ocorrendo é efeito dos EXCESSOS e ABUSOS IRRESPONSAVEIS de uma verdadeira orgia de cataplutagens exorbitantes, de alguns anos para cá... e a 'coisa' vinha se agigantando (em pouco mais de 3 anos os Derivativos mundiais passaram de 130 tri para 460, dos quais 160 hospedados no SF dos EUA... veja que são quase meio quatrilhão de dólares, isto focando um aspecto, talvez o mais Arquimediano), mas, debaixo dos panos e dos olhos complacentes das autoridades monetárias.

a coisa tôda, literalmente medonha, só está balançando o convés do navio da ganância e da desqualificação técnico-financeira, porque o furo da bôlha hipotecária (que transformou 1 tri de hipotecas, equivalente a um PIB de PIndorama, em 10 tri de derivativos e afins) que começou a vasar a atual água bacteriana ou virótica, mal cheirosa, contaminando as reservas líquidas fluentes no geral.

estamos entre o efeito pipoca a a teoria do dominó.

o que penso, com minha simplicidade, é que o mais vai faltar agora, nem é dinheiro e sim uma liderança a nivel internacional que se imponha exemplarmente, agregando autoridades do setor político-financeiro do resto do mundo, e acalmando os ânimos e temôres das nações e dos povos, a tempo ainda de evitar o pânico, generalizado, cuja primeira vítima, a nivel massivo, poderia ser o mercado bursatil.

um pulso forte para - em primeiro lugar impor a imediata realização de um diagnóstico completo e redondo da crise, até para se saber exatamento o tamanho dêste buraco.

um lider de pêso internacional, da têmpera e tipo, como foi o Roosevelt do New Deal, ou um Churchil, caras bons de briga e de pós guerras.

e depois disto, já no meio de campo - e sem deixar o barco afundar seguindo tirando água com balde e nem a doença matar, UTI aberta - equacionar uma solução séria; com um traçado viavel de rota e tempo (neste comêço, coisa muito devagar e idem indefinida) e a constatação - e divulgação - também exata, dos meio$$$ curativos a serem utilizados (e suas origens bem definidas e absolutamente transparentes).

e, após a cessão da febre atual; debelados os sintomas já com aspectos endêmicos; cortar fundo em muitas carnes os tumôres; para, ao final do processo de recuperação do Sistema, eliminar de vez o virus renitenete, com a execução de um projeto imutavel de extirpar as tais práticas doentias pela raiz, fazendo - bem feita e redondinha, a nivel global - a propalada Reforma do SFI.

até para deixar bem claro ao mundo todo - hoje de olhos na crise em andamento no MFI; binóculos em WS e nas autoridades monetárias e políticas de Tio Sam - quanto vai custar mesmo êste mico E QUEM VAI PAGAR POR ÊLE.

é exemplar, pelo que sei, a solução adotada na Suécia, na década de 90, quando o complexo bancário de seu SF padeceu, internamente, dos mesmos sintomas que ora ameaçam, com mais generalidades, a banca do SF norte-americano e - pela teoria do dominó - o resto do mundo.

as autoridades monetárias suecas simplesmente estatizaram os bancos em risco de bankruptcy e os sanearam, financeira; administrativa e estratègicamente.

MAS, depois, Reformaram o Sistema; perenizando novas e mais salutares normas para a atividade; e o país, assim transformado logo em seguida ao processo, definiu seu perfil econômico para melhor e auto-sustentavel; até hoje colhendo os frutos de ter elaborado e implementado um modêlo terapêutico simples, porém sério e eficaz.

talvez, penso eu, a ser, adequadamente, imitado.

principalmente por ter sido, ao final e pelo retôrno, auto-financiavel.

sabe o amigo que casos de corridas a bancas frouxas, já ocorreram também na Inglaterra, onde usou-se o mesmo tipo de medidas curativas ora em voga nos EUA e daqui pra frente a gente pode temer uma sequência globalizada efeito pipoca, da atual terapia de injeçõe$ vapt-vupt.

comentamos isto recentemete aqui no blog, instigados por um post do KB, em que êle citava a experiência japonesa, sob quadro funesto similar no passado.

só que faltou, à época, às autoridades do japão a mesma firmeza e determinação das suecas e assim deu-se apenas um refrêsco ao SF nipônico, via às tais injeções de dinheiro às bancas ameaçadas - e uma vez contornado o foco infeccioso - deixaram a Reforma de lado, ficando asim o país, medicado; mas não totalmente curado, tendo levado muito mais tempo para se reerguer e, cá para nós, cambaleia um pouco até o presente.

os EUA já fizeram uma miscelânea disto, no quadro atual, iniciando a intervenção direta com relação a Fannie e Freddie (troca de CEOS e estatização progressiva) e outro gigante, a AIG, agentes do complexo hipotecário e já tendo se omitido, no bancário, com relação ao Lemans que acabou sendo engolido pelo JP por um quinto do valor, ao passo que dá paliativos curativos a outros.

não há como sabermos exatamente -= basta ver o exemplo do que já aconteceu similarmente na Europa, tanto no setor bancário como no de seguridade, com o Lloyds engolindo um concorrente quase de seu tamanho - o quão complexo é o jôgo óbvio de interêsses das bancas maiores e quais os tipos de pressões que possam fazer, a todos os niveis, junto às autoridades envolvidas, já que o que está em pauta é dinheiro grosso (e muiiito).

é o que penso e obrigado pela visita com que nos distingue.

KB disse...

aguia

no Japão, além da letargia nipônica, as autoridades chegaram a subir os impostos acho que me 1994.

KB

Anônimo disse...

Aguia,
a crise que o mundo está atravessando é provavelmente a mais grave desde o crash de 1929.
Talvez o tempo para resolvê-la seja mais longo.
No boom as percepções de risco por parte dos agentes ficam bloqueadas.
E no contexto deste último, com taxas de juros baixas na matriz e os emergentes acrescentando uma grande demanda agregada (China principalmente), creio que os limites entre ignorar os riscos e a porralouquisse, foram rompidos.
É hora de expurgar os excessos.
É triste, doloroso, mas é preparação para um próximo ciclo de bonanças, que trará mais riquezas ao mundo e boas oportunidades para os que se mantiverem "vivos" no ajuste.
Abraço,
Carlos Magno

aguia disse...

Carlos Magno:

sim, sem reparos.

também sou otimista.

...em relação ao futuro.

lógico agora é ficar líquido.

( )