Nos últimos anos a apreciação do Euro frente ao Dólar (EUR:USD) se baseava na ampliação do diferencial entre as taxas do Eurobond e do T Bond de 2 anos. Isso até meados de agosto desse ano quando a correlação era de +98%. Bastou acrescentar setembro na série que a correlação caiu para +95,9%.
Observe esse comportamento no gráfico mensal abaixo desde dezembro de 2006, sendo a curva vermelha (obtida por regressão linear) o spread ou o diferencial entre as taxas dos títulos Eurobond e T Bond de 2 anos e a curva preta o câmbio EUR:USD, representado pela escala das ordenadas.
Fonte: Fed / BCB / KB
Qual a explicação pela recente forte depreciação do Euro (curva preta) frente ao Dólar, apesar do spread não ter se reduzido de maneira tão expressiva? A Goldman Sachs afirma que a repatriação da grana dos norte-americanos tem sido um dos principais fatores. Eu acrescentaria a percepção de que o abalo financeiro sistêmico chegou à Europa.
No caso do Real (BRL), a repatriação dos Dólares, a aversão ao risco, refletido no aumento dos spreads dos títulos soberanos brasileiros, e a deterioração da Conta de Transações Correntes de nosso país, têm sido os drivers da depreciação frente ao Dólar, por outro lado contida pela atratividade dos juros domésticos.
Apesar da recente tendência o câmbio BRL:USD ainda se encontra bem abaixo de sua média histórica nas últimas 2 décadas que foi de R$ 2,30/U$, descontadas as inflações de cada país.
Fonte: BCB /Fed / KB
Poucos analistas comentam que o forte crescimento das reservas brasileiras é um fenômeno muito recente. Além disso, poucos se atinaram para o fato de que as reservas cambiais são pouco superiores aos estoques especulativos dos estrangeiros na bolsa e na renda fixa.
Fonte: BCB
As reservas cambiais estão aplicadas principalmente em T Bonds norte-americanos, sendo o Brasil atualmente um dos grandes credores dos EUA. Por outro lado, convém lembrar que a gigantesca onda de IPOs contribuiu sobremaneira para o crescimento das reservas cambiais, sendo coisa do passado.
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Há 3 anos
2 comentários:
quá... vou fazer um reparo aqui em... não; aqui não; BUT, ali, em... também não... então vou reler com calma...
reli; mas, mesmo assim, nadinha.
então fica sem reparos e leva 20 pilas (hã... só serve em US$???...aunque tu Brutus?)
quá: já não se pode confiar Realmente em nada que se ouve porrrrraí...
MAS... no que se lê por aqui sim.
Sendo os estoques especulativos semelhantes às reservas, e considerando que a valorização do dólar pode trazer efeitos inflacionários, fica difícil crer que o cuidadoso COPOM, agiria com rapidez no gatilho para afrouxar o aperto monetário.
Os juros altos, trazem custos maiores.
O orçamento foi feito pensando em crescimento do PIB em 2009, superior a 4%, sendo que hoje o mais factível é pensar em número próximo a 3%.
Menos PIB, menos arrecadação para sustentar a farra fiscal que tem sido promovida, com incorporação de custos perenes nos gastos governamentais.
Acho que o IndLula chegou no topo.
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