domingo, 30 de novembro de 2008

Aguia, não sei se era este chart que querias


em azul DJIA, em vermelho T10year. Veja como antecipou o topo do DJIA iniciando a queda previamente.

sábado, 29 de novembro de 2008

US: onda 4 em curso





e ainda incompleta. No chart semanl que postei dias atrás dei por completa onda 3 faltando ajuste dependendo do fechamento de sexta. As projeções da onda 4 são de no minimo 0,382 da onda 3 anterior. Aqui no BOV mais dificil de contar mas TS ainda não rompido e LTB principal logo adiante da linha Maginot(by KB). O topo do BOV na sexta foi exatamento no topo do DCB marcado com a seta vermelha; funciona este KB trade sys mesmo, hehehehe.

Não como regra BOV x Dolar mas estou achando interessante seguir o dolar e ver qual lado ele rompe.

November Spawned A Monster - II

[Vamos a um followup da primeira postagem e também dos comentários do KB.]

Chart acima mostra o desempenho dos yields de 10 anos nos últimos 15-16 anos. A região amarela mostra como se comportaram no último bear marktet. Note-se como bond e equity markets andam em sincronia - inversamente correlacionada - na maior parte do tempo.

O breakdown assinalado (na região dos 3,25%a.a.) se soma à lista de "no-nos" para posições compradas. Em termos práticos significa que Treasury holders estão se contentando com remunerações cada vez menores. E no espaço de tempo mostrado acima, nunca se contentaram com tão pouco. Por isso, lanço fundadas dúvidas sobre as avaliações de fundamentalistas ortodoxos que se baseiam em modelos de precificação amparados em resultados corporativos dos últimos 5-10 anos. A menos que ocorra um selloff nos 10-yr Treasuries nos próximos meses, nada tenho a acrescentar.

Sorte dele que os seus cotistas não lêem o TiB

Ontem eu li a carta de um gestor de um fundo multimercado brasileiro que empregou o Fed Model para demonstrar que as ações nos EUA estão baratas em relação à renda fixa. O Fed não chancela esse modelo de precificação do mercado de ações, mas resolveram batizá-lo assim e colou.

Compara-se historicamente a taxa dos títulos federais de 10 anos com o rendimento das ações, medido pelo lucro projetado da carteira do SPX em relação à cotação desse índice. Se a média do rendimento das ações se situa acima da média da taxa dos títulos de 10 anos, conclui-se que as ações estão baratas e vice-versa.

Esse gestor com bônus de 6 dígitos e mais 99% da comunidade dos analistas empregam esse modelo. A propósito leitor, você sabe qual foi a taxa dos títulos de 10 anos no fechamento nessa última sexta-feira?

Se o risco de default das empresas fosse incorporado a esse modelo, que seria o procedimento correto, o resultado seria bem diferente. Sem entrar no mérito se as ações estão ou não baratas, pois daria pano para manga, o caminho escolhido pelo gestor para demonstrar a sua tese revelou fissuras no arcabouço conceitual desse profissional.

Sorte dele que os seus cotistas não lêem o TiB.

Juntando as Peças

Segundo Robert Shiller, na história econômica dos EUA somente entre 1938 e 1941 a taxa dos títulos T Bills de 3 meses foram negativas. Desde o dia 20 de novembro os investidores têm aceito receber taxas de juros no prazo acima abaixo de 0,10% aa. Nessa sexta-feira se você investisse o seu dinheiro em T Bills obteria a irrisória taxa de 0,04% aa. Percepção de risco sistêmico (sistema financeiro) aguçada tem provocado fuga para um porto seguro.

O Ted spread parou de cair e se situa muito acima de sua média histórica. Problemas de funding entre os bancos e, consequentemente, oferta de crédito escassa para as empreas.

O spread médio dos títulos de alto risco (high yields) fecharam nessa sexta-feira em níveis recordes. O spread médio dos títulos Aaa, atualmente em 264 pontos percentuais, está a apenas 4 pontos de seu nível recorde atingido em 21/10. Aversão aos títulos corporativos, qualquer que seja o rating e, consequentemente, escassez de crédito e custos elevados.

Procurei nos sítios do Federal Reserve a base histórica diária dos rendimentos dos títulos de 10 anos nos EUA e encontrei desde abril de 1953. Em nenhum dia desde o início da década de 50 do século passado os títulos de 10 anos foram negociados a uma taxa abaixo da negociada nessa última sexta-feira, que foi de 2,92% aa. Perspectiva de deflação precificada pelos investidores, que somente seria possível através de uma forte contração econômica.

Só para lembrar, a taxa nominal de 10 anos apresenta uma correlação positiva em torno de 72% com a taxa nominal de crescimento do Pib dos EUA. Se você procurar nos arquivos do TiB encontrará um texto que aborda essa correlação.

E a Petrobrás precisou de se socorrer na Caixa Econômica Federal para obter míseros (para ela) R$ 2 bilhões para fechar a conta do seu capital de giro. E o acesso às linhas externas?

Agora deu para entender?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

November Spawned A Monster

Essa frase lembrou alguma coisa? Pode ser. É o título de uma canção do Morrissey, ex-líder do The Smiths. Aproveitando o último dia útil do mês, vou comentar en passant o DJIA mensal, algo que não faço há algum tempo.

Cada trader tem seu trading system (TS). Quando se fala nesse assunto muitos imaginam logo um operador do tipo rocket scientist. Nada a ver. TS é apenas um conjunto de sinais técnico-quantitativos e/ou fundamentalistas que fornece pontos de entrada e saída e esperança matemática estimada. Não necessariamente é computacional. Pode ser até visual.

No que utilizo a formação mostrada pelo DJIA nos últimos 2 meses (out/nov) recebe uma nota abaixo da crítica (subpar). Duas características que pontuam negativamente me chamam a atenção: hammers negativos e ranges de preços enormes. Por último, ainda percebo que não houve um reteste genuíno dos lows de 2002. Não estou prenunciando continuação do Armageddon. Apenas manifesto minha avaliação de que esse é um setup de baixa confiabilidade do qual prefiro manter distância. Para quem procura um jogo de azar melhor ir a um cassino que sairá mais barato e divertido. Meu negócio é outro. One caveat: dezembro é um mês de retornos interessantes, historicamente falando. Portanto, ladies and gentlemen, pesem seus pros e cons...

US Leading Indicator

"With the drivers of the business cycle still in a tailspin WLI growth has fallen to another historical low, indicating that there is no economic recovery in sight"

WLI = Weekly Leading Indicator

Tradução: “Com os fundamentos do ciclo econômico nos EUA em queda livre, a taxa de crescimento do Indicador Antecedente Semanal atingiu um novo recorde de baixa, indicando que não há sinais de recuperação econômica no horizonte”.

Meu comentário:

Especificamente, o leading indicator do The Economic Cycle Research Institute acima referido, um entre centenas que essa instituição divulga, tem o poder de antecipação semelhante ao do SPX, portanto, são coincidentes entre si.

Quando esse indicador antecedente do ECRI divergir do SPX é necessário empregar outras lentes para o desempate.

QUEM SERÁ O PRIMEIRO QUE A GATA VAI PARIR?

sôbre o market, no curtíssimo prazo especìficamente, eu penso que basta reler o Bob, pois tècnicamente, se o pull desta reversibilidade fragil se alongar, dá pivô up e se fraquejar dá divergência positiva; of course e está absoluta e simplesmente perfeito; but, já na tal da prática, phode, pelo óbvio costumeiro, dar exatamente o contrário, divergindo o mercado negativamente caso fique agora super hiper comprado, just now que está visivelmente fragilizado, com os atuais volumes ridículos, frente o atual volumaço de problemas dificilmente irreversiveis a curto prazo que hoje enfrenta o MFI -entretanto - tal como na guerra dos 300 de Esparta, torçamos pelo boi, mais fraco.

os efeitos da contaminação geral da endemia provocada pela crise de ganância, tais como os exemplos de recessão na atividade dos "30" maiores do mundo, já confessada pela OCDE que os congrega, estão APENAS COMEÇANDO a aparecer e ainda sem o tal Diagnóstico Final que a história é quem vai fazer - já que as tais ditas autoridades, monetárias, mundiais, não nos darão o retrato acabado da descarada malandragem - dos reais vampiros da economia mundial (hã?...quem são?... ora, os mesmos de sempre e que sempre foram, òbviamente).

os países citados pelo meu veneravel Mestre KB - cara de imenso coração e alma modesta e inspirada genitora desta nossa praia TiB - em seu issue; Japão e China; coincidentemente são os maiores financiadores -ainda nesta ordem- do deficit dos EUA, maior devedor sem rival mundial e até aí nada de novo: o jôgo entre êles é coisa de gente grande e aí nem peteca cai e nem ninguém cai de bancos.

BUT (by Bob, course),

lembro-me de quando criança que a molecada brincava nas Praças Centrais, de sentar umas turmas heterogêneas nuns Bancos, digo, bancos... e ficar empurrando uns aos outros, até um mais fraco escorregar numa ponta e cair e o nome do jôgo era "fazer a gata parir"... e, seqüencialmente, continuava-se a brincadeira (me parece que hoje ela é chamada, mais modernamente, de "efeito dominó").

a relação na balança de fôrças e efeitos, também aí, é diretamente proporcional e, infelizmente, em algum momento, deverá faltar (se já não está) dinheiro real quando começarem (se já não estão) o empurra-empurra nos bancos centrais das diversas praças para fazer a gata epidêmica parir o primeiro e depois seqüencialmente... pois é.

enquanto a compensação estiver no toma-lá-dá-cá; agora com uns pouquíssimos ganhando na proporção indireta; e outros perdendo na direta e alguns fingindo; o barco irá levando... mas, algum dia, em algum momento, há que se começar a pagar - esta conta mal feita pelo mal feito de alguns que ficarão, como sempre, impunes - e quem vai pagar somos nós, para limpar o caminho para os filhos.

meu maior receio é que dentre os gigantescos resultados maléficos da atual crise internacional; com a maioria esmagadora perdendo; surja mais um surto de parir moeda extra nas impressoras oficiais; com os efeitos já bem conhecidos no passado, pelo singular apetite do Dragão inflacionário (e sem São Jorge, cavalo e lança) por êste tipo de eventual comportamento monetário, quando êle é adotado.

nunca me esqueço da aberração, de ver a tempos, em documentário, uma dona de casa italiana levando na mão ao entrar na padaria, um saquinho de dinheiro maior que o saquinho 'do' pão comprado com o mesmo; trazido, tristemente, na mesma mão ao sair; pois lá naquela época, adotaram o velho remedinho de emitir dinheiro e aos tubos...

me enchia o saco, sim,
ver tais coisas, assim,
como aqui, pós Delfim.

BOA SORTE A TODOS; INCLUSIVE AOS INTIMORATOS SURFISTAS....

Forte Declínio do PMI Japão em Novembro

Divulgado ontem, dia 27 de novembro, o ritmo do declínio do PMI Composto Industrial do Japão (curva preta na figura abaixo), que apresenta uma elevada correlação linear com a taxa real de crescimento do Pib (curva cinza), se acelerou no mês de novembro, tendo sido o mais rápido nos últimos 7 anos.


Fonte: Nomura / JMMA

O seu componente mais forward looking, o Novas Ordens de Fábricas, apresentou tendência semelhante, atribuída pelos empresários ao desaquecimento da demanda mundial.


Fonte: Normua / JMMA

As exportações japonesas (20,4% para os EUA e 15,3% para a China) contribuíram em 2007 com 16,3% do Pib e as importações (20,6% da China e 11,6% dos EUA) com 14,2%. O grau de abertura da economia japonesa em 2007 foi de 30,5% (exportações mais importações sobre o Pib), que se compara com 66,3% da China e 21,9% do Brasil. A fonte dos dados do comércio internacional desses países é a WTO.

Mesmo com as exportações japonesas em queda devido ao enfraquecimento da demanda mundial, muitos investidores celebraram o maior corte na taxa de juros pelo BC chinês nos últimos 11 anos (fonte: Bloomberg).

Em textos anteriores já foi demonstrado estatisticamente pelo TiB que cortes na taxa de juros, particularmente na magnitude anunciada, é sinal de que o buraco é mais embaixo do que se pensava. Aguardemos o PMI da China que será divulgado (quase) em primeira mão pelo TiB no dia 01 de dezembro.

O respeitado economista Brad Setser, ex-sócio de Roubini, alegou dias atrás que o superávit chinês, ao invés de declinar, irá aumentar em plena recessão mundial devido à melhora dos termos de troca.

O TiB, mais precisamente eu, já se manifestou mais de uma vez uma posição frontalmente contrária à desse celebrado economista, em linha com uma recente reportagem da Newsweek.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

um agradecimento piegas a um CORDIAL amigo

o FACTFINDER está, fidagalmente e a pedido unânime dos demais fundadores do TiB (e no meu caso hiper super insistente), clonando aqui, com a eventualidade que definir (e espero que o mais frequentemente possivel) seus posts de seu próprio blog, a que recomendamos sempre, bem ali ao lado direito de nossa page e em primeiro lugar, pois que é a praia co-genitora e inspiradora do próprio TiB e na qual, vamos, todos, BOB; KB e êste pássaro; rotineira e obrigatòriamente; dada a sua hiper excelência; beber sabedoria e informes, tanto de sua lavra quanto de seus ilustrados e instigantes leitores; para somar; ao pouco que sabemos; o que de melhor temos conseguido pinçar nas demais escritas de alto e inegavel valor, a nivel técnico-informativo do market.

como o bursatil neste dias está um pouquinho perigososo e sempre traiçoeiro como nunca dantes - e se atrevendo a contrariar até os postulados mais geniais, por mais singelos, como o de Herbert Stein "Uma tendência insustentavel não se sustentará" - prefiro dar prioridade aqui a êste gesto, não de noblesse oblige apenas, BUT (já sabem by quem) de fidalguia ímpar por parte de nosso 'caríssimo' (é o único que ganha em euro aqui, rsrs) cumpadi fundador FACTFINDER, coisa para mim extraordinàriamente relevante e para êle... que nada, um simples hábito... pois toca de ouvido sa práticas mais sofisticadas de convívio humano; e assim, lhe tiro o véu.

Fact é veneravel mestre e amigo de outros tempos em outras praias e que já admirava pela insuperavel finesse na elegância no trato e incrivel qualificação, antes de saber que além de cobra criada e estudioso profundo das questões de economia macro e micro e conhecedor e player de market financeiro, onde treida com a argúcia inquestionavel de grande professor; é, ainda, na sua vida hodierna, um profissional de altíssimo nivel tecnológico, até palestrante respeitadíssimo em sua área... mas, não fiquemos apenas na lenga-lenga dêste puxa-saquismo, pelo que só vai me pagar 15 pilas afinal... acho importante e muiiito que os nossos leitores conheçam o melhor possivel, a nivel de mercado e de qualificações, as pessoas que honram, lendo-as aqui E LENDO, COMO O RESTO DA GANG DO TiB, o 'nosso' Blog do Fact: pai, irmão e parceiro dêste espaço aqui, onde, junto aos seus outros leitores, tentamos somar, na dialética.

...se a cigana siquer piscar, dou um tiro nela; apesar do flap rápido.

BOA SORTE A TODOS E MUITO MAIS CANJINHA; QUE A TENDÊNCIA...

Exportações Chinesas de Aço

As exportações chinesas de produtos de aço (semis, tubos e aços longos e planos) continuaram caindo em outubro, depois do recorde de 7,8 milhões de toneladas exportadas em agosto de 2008. Os dados fornecidos à Steel Business Briefing pelo Iron & Steel Statistics Bureau mostram que as exportações da China caíram para 6,5 milhões de toneladas em setembro, e para apenas 4,4 milhões t em outubro.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Indice Futuro e candle


Números em azul representam possíveis pontos de pivo de alta(para não confundir com elliott).

Following In The Smart Money's Footsteps

Seguir as pegadas dos pros é tudo que preciso fazer. 80% das notícias sobre mercado financeiro que recebo em minha caixa vão para o lixo após eu ler o título. 15% delas, que resistem ao primeiro filtro, são eliminadas depois de uma leitura dinâmica (relatório, p. ex.). Somente as 5% restantes merecem uma reflexão da minha parte. Assim procedo para evitar o information overload, algo que nos tolhe minutos preciosos que podem ser gastos em atividades mais interessantes. E por quê? Ora, tudo que o me interessa é seguir o smart money.

Acima está representado o price action do Dow Jones Industrials indexado ao SP Retail Index (índice mais amplo do varejo yankee) em período que se estende por boa parte do último bull market (ou qualquer coisa próxima disso). Observa-se que em ciclos de alta o setor varejista apresenta maior força relativa em relação ao DJIA (área azul). A esta seguiu-se uma fase de transição, embora nominalmente o price action ainda fosse de maneira clara favorável aos bulls. Não é recomendável zerar posições compradas nessa fase. Esses tipos de charts são pobres indicadores de timing. O início da fase de uptrend deveria ser o primeiro sinal de que um sinal de venda - de acordo com o trading system do operador - devia ter sido levado a sério. Nesta o setor de consumo se retrai relativamente ao índice das 30 blue chips dos DJ Industrials, refletindo comportamento defensivo do mercado. Notícias representam o passado. Por outro lado, charts never lie.

meu teco-teco não tem feeling e o Bob não tem $

amanheci com menos parafususos que ontem, coisas da idade...BUT (by Dr Bob), mesmo assim deu vontade à minha sempre fertilíssima imaginação (excesso de adubo na cuca talvez, diria o mesmo Dr.Ice) de voar pôrrrraí...e assim, mesmo vendo espessas negras nuvens no céu, dei uma passadinha antes na esquina do penhaskim e fui ter um plá com a cigana, desta vez, fui todo simpatia e cheio de blá-blá-blá, dizendo a ela no final que ia dar um vôo, no meu velho teco... e ela, hoje mal humorada pra k-7; taciturna, e com sua cara feia, só disse:

'vai cair'.


BOA SORTE A TODOS E CONTINUEM APARECENDO: GRANA DO TAXI É SÓ PEGAR REEMBOLSO AQUI NA PORTA COM O FACT, OU COM O KB.

Pode ainda não ser o fim 2




Talvez um novo teste do dolar na resistencia baterá com o low do BOV aqui. Vai saber.


Pode ainda não ser o fim



Fecharia com a ideia de fundo em late dezembro e uma ONDA 4 muito aproveitável.

Dando Tratos à Bola

Eu vivo dando tratos à bola ao criar cenários alternativos, não contemplados pela maioria dos analistas, pois são as grandes surpresas os catalisadores dos fortes movimentos nos mercados, quer seja de ações, moeda ou commodities.

Embora haja uma razoável dispersão nas projeções, a expectativa de grande parte da banca é que o trimestre em curso nos EUA será horroroso devido ao congelamento do mercado de crédito, que o 1° trimestre de 2009 será ainda horrível, mas conta com uma melhora a partir do 2° trimestre e crescimento no 2° semestre.

A premissa por trás dessa expectativa se baseia na hipótese de que o estímulo fiscal deverá compensar parcialmente a retração no consumo, que atingiu recentemente recordes históricos em relação ao Pib.

Eu me pergunto se alguém, com o emprego por um fio, que recebesse direta ou indiretamente (redução de imposto ou postergação dos pagamentos das dívidas hipotecárias, por exemplo) uma grana do governo iria torrá-la imediatamente ou guardá-la para enfrentar tempos bicudos. Acrescente a essa equação a hipótese dos preços dos bens de consumo em queda ou de inflação tendendo a 0%.

O pacote fiscal deverá ser oficialmente anunciado após a posse em 20 de janeiro, mas até lá os insiders já teriam feito a sua aposta quanto ao tamanho do estímulo. No entanto, como a implementação será lenta, somente saberemos a resposta em relação à dúvida lançada lá pelo final do 2° trimestre de 2009.

Se o mercado perceber que o efeito do pacote ficará aquém do esperado, eventual pull back seria abortado e novas mínimas nos preços das ações seriam registradas no 3° trimestre de 2009, um período tradicionalmente ruim para o mercado.

Caso o consumidor americano permaneça tão imprevidente como sempre foi, o período de sazonalidade negativa, entre os meses de agosto a outubro, seria marcado apenas por uma correção dos inevitáveis excessos cometidos durante o pull back na esteira dos estímulos fiscais.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

carta ao SEAGULL e aos nossos demais visitantes

caro SEAGULL:

já que os veneraveis quase esgotaram o assunto de market pôrrrrhoje e como o céu continua limpo e a tal cigana banguela sorrindo, êste velho pássaro cético aqui, para não chutar a ilusória bola dela que nunca erra mas enche o saco dando coceira em pato para catar milho na ponta do laço armado no galho, resolvi dar uma olhada geral no blog e estava a pouco, lendo, no seu último coment, a um post do KB que vc deixava o blog 'à vontade' para deletar o que disse, caso aquilo contrariasse a filosofia do TiB...

primeiro e já agradecendo comovido, achei bacana vc chamar a zôrra idiossincrática que é nosso Norte e nos orienta, de "filosofia", putz!... (pois a nunca coisa que temos meio parecida com isso é nosso jeitão irreverente e polìticamente incorreto); para, logo em seguida, lhe afirmar e a todos os demais queridos visitantes do pedaço que aqui a gente só 'apaga' alguma coisa, para retificar forma e gramática (conteúdo não) - e apenas, of course, quando é da gente mesmo - e ou baixarias tipo tóxicos; pornô; palavrão de baixo calado (de alto pode) e pedofilia que felizmente nunca sujaram nossa esmeradamente bem cuidada praia (sei porque sou eu que varro, com o chic nick de 'moderador' dado pelo Bob mão de vaca, 'por conta' de velha, digo vetusta, dívida)- ou para apartar briga - pois é uma das máximas da genitora dêste espaço que respeitado o nosso RG aqui pode tudo... menos homem com homem.

então, isso de deletar coment sôbre mercado, nem pensar!... e se me permite, vou aos poucos pluralizar o destinatário, já que o tema abrange todos os demais visitantes:

o amigo, como os demais leitores que se manifestam, tem abrilhantado nossa praia, com suas intervenções, não importa que seja concordando ou discordando ou siquer inovando, já que é exatamente êste o objetivo dos diálogos abertos, através os Comentários, dêste nosso blog-laboratório.

o TiB é solidário; democrático e além e acima dissso, absolutamente dialético; eis que é da oportunidade enriquecedora de se analisar e discutir variaveis - e até focar a diversidade dos pontos e contra-pontos - é que se conseguem boas sínteses.

digam aqui sempre o que quizerem, concreta e ou hipotèticamente, e serão como sempre muito benvindos!... mesmo porque estaremos, além de escrutinar dados concretos, discutindo aqui - na verdade, se bem profunda, séria e consistemente elaboradas - também hipóteses e premissas de probabilidades, coisas estas últimas, futurísticas.

não sejamos tão sérios e cultivemos o nosso sense of humor, pois qualquer asteróide que não respeite muito nossa atmosfera, pode mudar tudo de repente e vamos todos tocar piôrra de ponta cabeça... a não ser que caia na cabeça dum bush ou dum fanático mulça bib bin pré-atômico pôrrrraí e aí a bolsa sobe com melhores repiques.

nosso desejo é acertar e por isso vivemos pesquisando e é na diversidade de ideias e na heterodoxia de modelos - e não em dogmatismos ou rigidez intelectual - que obteremos a soma, com comparsas como o amigo, para clarificar pelo menos os macro acontecimentos; eis que até o momento ninguém fez siquer o Diagnóstico completo da atual endemia, ou, no popular, estabeleceu o exato tamanho do BURACO (pelo menos eu ainda não vi); pois só tenho assistido a uma profusão de remendos curativos, alguns até apenas paliativos.

vejam, a exemplo, o que penso, claro que voto vencido, como eterno e empedernido otimista: que vamos continuar na ladeira, ah sim; vamos sim!... que a famigerada onda tsú por ora tá só espumando e esta faminta Ursa Maior tem filhotes e ainda por cima está grávida; apesar de uma certa Dinossaura que já cruzou com o Bob (cruzou o caminho, claro) dizer que daqui uns anos botará um novo 'Ovoboby' (hã?... não: é só coincidência).

nosso desejo maior, cristalino, of course, é sermos solidários com nossos iguais (os patos, ou sardas, tanto faz)...e, se possivel, pelo menos tentarmos "nos antecipar", caso haja algo realmente interessante - coisa que tenaz e implacavelmente - tanto o FACT; O BOB e o KB, cada um a seu jeito, perseguimos [a nivel de pressentimento razoavel e lógico, montados numa montanha de um cipoal de dados... e, claro, sem tentativas vãs de previsões (senão as brincadeiras da torpe cigana que por sinal 'nunca erra', rsrs)].


BRAÇÃO A TODOS E BOA SORTE, BUT... CUIDADO COM AS TRAPS.

Conjecturas

Para eu formar uma posição long que faça diferença substancial no meu bolso, o quadro atual ainda não ativou o meu gut feeling, embora desde a semana passada a minha visão sobre o mercado de ações se tornou mais construtiva (talvez a expressão empregada por Seagull seja mais apropriada: PermaAlert). A minha anunciada neutralidade, convém ser esclarecida, deve-se ao horizonte das minhas operações que, diante das circunstâncias, não deverá ultrapassar o intervalo entre 1 a 3 meses.

Quem tentou achar o fundo (bottom fishing) do movimento de baixa iniciado em maio já foi devidamente abatido pelo bear. Diante das circunstâncias eu empregarei uma abordagem bem disciplinada e nada de bottom fishing. O que falta para causar saliva na boca? Em vista do que assistimos faltam números superlativos que a seriedade da crise exige.

Eu gostaria de ver: (a) pessimismo entre os traders de opções lançadas sobre o SPX; (b) um pivô de alta seguido de um price action apropriado no Bovespa e no SPX, leia-se um DCA com volume de cair-o-queixo ou o rompimento da máxima intradia de um DCB com semelhante volume; (c) setor bancário lá fora (BKX) negando efetivamente o breakout para baixo; (d) os spreads dos títulos high yields dando uma folga e (e) um trigger que provavelmente será ou o anúncio de um estímulo fiscal de-quebrar-de-vez (um pouco de exagero nessa expressão que serve apenas como ênfase) o Tesouro dos EUA ou uma melhora de um leading indicator importante.

Por pivô de alta eu me refiro a um fundo duplo ou um quase-reteste do fundo mais recente que, na linguagem de Elliott, seria uma onda 2. O price action a que me refiro seria um DCA arrasa-quarteirão ou o rompimento da máxima de um DCB com volume semelhante, que anunciaria a todos bons ouvidos o início de uma onda 3 (observe no link anterior a contagem de ondas no gráfico), ou seja, o momento em que a catapulta teria sido ativada.

Durante a formação dessa plataforma os traders deveriam manter uma postura cautelosa, idealmente pessimista, e os High Yields uma folguinha nos spreads, pelo menos.

Se a catapulta surgir após um fundo duplo eu estaria comprando muito perto da mínima do mercado, caso contrário já seria um pouco distante do fundo, porém em condições de risco apropriadas à ocasião.


Fonte: KB

O gráfico diário ao lado mostra o SPX desde o início de 2008 e as cores das barras refletem o humor dos traders auferido por 4 critérios. As cores variam do vermelho (ruim para a compra - excesso de otimismo) ao azul escuro (bom para a compra - excesso de pessimismo). A curva vermelha sobreposta ao SPX mostra a evolução do desempenho (não o spread) dos High Yields, ou seja, revela melhora quando a curva sobe e vice-versa.

Recentemente e por um breve período os traders se tornaram bastante pessimistas (barras azuis). Bingo! O mercado subiu, rompeu a máxima de um DCB e botou os permabears numa sauna. Até o momento foi a única condição atendida, embora em condições normais o rompimento da máxima do DCB já teria atendido parcialmente a condição (b), porém, convenhamos, a crise é das bravas.

Três dados me incomodaram hoje. Primeiro foi o humor entre os traders de opções, especificamente nessa segunda-feira em que os eles estiveram mais saltitantes de alegria do que uma gazela. Contudo, convém mencionar que, embora o comportamento dos traders nos últimos “x” dias seja apenas um dos 4 critérios que eu emprego, eles exageraram no otimismo nessa segunda-feira.

Segundo, o volume na Bovespa esteve abaixo da sua média móvel de 3 meses, a minha métrica para classificar a potência do volume, tendo sido, portanto, fraco. Pode até ser que surja volume nos próximos dias, porém o que vi nesse segunda-feira foi decepcionante.

E terceiro, os detentores dos títulos high yields parece que não foram informados sobre o bailout do Citigroup, para tanto observem o comportamento da curva vermelha no gráfico apresentado acima, que nem se mexeu nos últimos 2 pregões de euforia no SPX.

O mercado de ações não irá esperar todos os leading indicators estarem tinindo para somente então começar a reagir. Os grandes players irão antecipar a melhora da atividade econômica sendo que, na média (anotem essa regrinha de bolso), o SPX começa a subir 4 meses antes do pior momento. O pior momento muitas vezes serve de pretexto para uma onda 2 de Elliott e para o retorno de um forte pessimismo.

O banco Goldman Sachs reviu na sexta-feira suas projeções para o Pib dos EUA que ficou assim (taxa anualizada, trimestre contra o imediatamente anterior): -5% no 4°T/08, -3% no 1°T/09, -1% no 2°T/09 e +1% no 3°T/09, portanto, o pior momento se situaria em meados do 2°T/09. Mantido o padrão o fundo se situaria no começo do 1°T/09, embora eu deva enfatizar que esse exercício serve apenas para fornecer uma pista.

A solução Keynesiana para as crises serviu para os adeptos dessa escola procurar o caminho mais fácil para resolver a atual crise que consiste em gastar, adquirir lixos tóxicos e encampar empresas falidas e dane-se o endividamento público e o coitado do contribuinte. Para mim é óbvio que não há uma solução quick fix, pois o deleverage terá que acontecer de qualquer maneira e consumirá um tempo muito maior do que as previsões que eu tenho lido.

Já comentei nesse espaço que desde meados de setembro a taxa real dos juros dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA deu início a uma escalada. No meu modo de ver, assim que a economia global começar a pegar no tranco, haverá o risco da taxa de juros real de 10 anos nos EUA, atualmente em 3,06% aa (no começo do ano estava em 1,5% aa), se revelar como um efeito colateral bastante danoso da receita empregada. Como consequência o custo de capital das empresas aumentaria sobremaneira e os cidadãos afogados em dívidas hipotecárias sofreriam um novo revés.

Portanto, a minha visão mais construtiva ou, como quiser, de um PermaAlert em relação a o mercado, se refere tão somente ao médio prazo, pois em relação ao longo, a expressão usada por John Mauldin, muddle through, talvez seja a mais apropriada para descrever o meu mosaico.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Onda 5 curta pós triangulo


Repetidas vezes coloquei que se a onda iv.3 mantivesse o padrão em triângulo abcde a onda v.3 seria curta. Pelo jeito é o que está ocorrendo. No círculo um possível erro da contagem da v.3 pois a iv toca a onda i.v.

Onde estamos na contagem


No dia 14/11 antecipei ou melhor me precipitei falando em compra no DJIA/SPX dando por fim a onda 3. Olhando no semanal a idéia fica mais clara onda a onda 3 terminou ou basicamente está por terminar. Como disse KB, é hora de ficar pelo menos neutro mas penso que esta semana em termos de fechamento é decisivo para definir se a onda 3 realmente terminou.

Para confundir mais ainda o SPX fecha hoje no limite 851 para ainda ocorrer a possibilidade de uma onda de queda.

Eu Também Quero o Meu Bailout

Hoje eu vou sair um pouco do script e tocarei num tema que deverá criar uma tremenda celeuma, mas prometo que voltarei a ser o mesmo de antes, ou seja, depois dessa voltarei a falar somente sobre o mercado. É que não aguentei assistir a tanta sem vergonhice.

Se o que eu li retrata o bailout do Citbank (clique aqui), estamos diante de um novo estelionato eleitoral, agora nos States.

Timothy Geithner, o secretário do Tesouro do novo governo, aquele sujeito que articulou a compra, mal explicada até hoje, do Bear Stearns pelo J.P. Morgan, esteve também envolvido no resgate do Citi.

Robert Rubin que, juntamente com Greenspan, abortou todas as tentativas de endurecer a regulamentação para conter os desatinos dos banqueiros, foi conselheiro de Obama durante as eleições. E de quem mais? Ora, do Citigroup.

E o certinho Paul Krugman desceu a lenha na operação de resgate do Citi como se fosse uma operação do antigo governo. Um tremendo cara-de-pau.

O que me deixa estarrecido não é nada disso, pois já era esperado, fosse Obama ou o antigo oponente nas eleições. O que me deixa de boca aberta é a ingenuidade dos eleitores que, na era da informação, caem na conversa fiada da esperança.

KD o ôvo, BOB?... ficará em Pé?

...o céu, azul anil tipo o céu de Brigadeiro.
passo rapidinho agorinha, pela tal esquina:
a cigana, desdentada, sorri... tipo menina.
...resta saber se ficará assim o dia inteiro.

Obama vai indicar mais 2 nomes hoje Ôba.
BUT, BOB...explique: o que é 1 OVOBOBY?

BOA SORTE: SAÚDE EMOCIONAL, A TODOS.

Con paciencia el cielo se gana

Segundo eu li nas agências de notícias, a alta espetacular do SPX na última hora do pregão na sexta-feira coincidiu com a divulgação do atual presidente do Fed de NY para a secretaria do Tesouro do novo governo.

A puxada apresentou tanto volume na carteira do SPX que superou o do DCB registrado no dia anterior, ameaçando a consistência do breakout para baixo da congestão mais recente do SPX, pois além disso o fluxo se espalhou para todos os setores dessa carteira.

No bull market findo em 2007, o setor bancário era duplamente o mais importante. Primeiro porque esse setor sempre foi e será a peça mais importante do mercado de crédito e, em segundo lugar, porque era o setor com o maior peso no SPX, tendo atingido cerca de 22% ou um pouco mais.

No início da década de 80 chegou a participar com apenas 5% do SPX quando a alavancagem do setor era 1/5 da atual em relação ao Pib. Atualmente é o 5° no ranking e tem só despencado, mas nem por isso deve ser deixado de lado na análise do mercado, pois se as ações desse setor vão sistematicamente mal, tem algo de errado no lado real da economia (main street).

O gráfico diário abaixo desde abril, mostra a evolução do BKX, índice constituído atualmente por 24 ações de bancos, e na parte superior o volume financeiro normalizado dessa carteira. Como se pode observar, o volume na última sexta-feira foi tão grande que produziu um DD (seta descendente azul) na carteira do BKX, cujo volume foi superior ao do DCB (seta descendente vermelha) assinalado nessa carteira no pregão anterior. (quem quiser saber mais sobre a interpretação dos dias notáveis clique aqui)


Fonte: Yahoo / KB (clique na imagem para ampliá-la)

Apesar do elevado volume na última sexta-feira, a sofreguidão de alguns players não foi suficiente para que o BKX fechasse com o mesmo desempenho dos demais setores do SPX, tendo faltando muita munição para que as ações dos bancos ameaçassem a consistência do rompimento para baixo do caixotão formado no BKX, como se pode notar no gráfico acima.

Afirmar que o problema no Citibank foi a causa do mau desempenho do BKX na sexta-feira me parece não contemplar o fato desse banco pertencer à categoria do too big too fail.

É quase uma norma um índice, muito observado como o SPX, empreender um pull back, como o da sexta-feira, nos 1°s dias após o rompimento de uma congestão importante. Se o rompimento do caixote foi para valer, não demoraria muito o índice, após o pull back (como o na sexta-feira), retornar à tendência na direção do breakout, caso contrário, ele teria sido, na linguagem de Pindorama, um violino (armadilha).

Se os últimos 60 minutos foram suficientes para puxar quase todas as ações, ficou sem explicação a razão pela qual os entusiastas da nomeação de Timothy Geithner terem se esquecido de puxar de maneira mais viril as ações do setor bancário, além dos títulos de alto risco (high yields), ou junk bonds, cujas taxas registraram spreads recordes na sexta-feira.

Talvez os atores que representaram o rali na última hora se esqueceram de decorar todo o script. De qualquer maneira, será interessante observar quem irá piscar primeiro durante a semana, se os bulls ou os bears.

Como na semana passada eu mudei para o time dos neutros, eu ficarei na platéia assistindo. Con paciencia el cielo se gana.

domingo, 23 de novembro de 2008

Fed = BoJ

O Fed usa 3 instrumentos na execução da política monetária: (a) operações no mercado aberto (open market) através do qual compra e vende títulos públicos pela taxa básica fixada pelo Fomc (Copom do Fed) (b) redesconto e (c) controle do nível das reservas bancárias.

Através de sua intervenção nas operações do mercado aberto (mercado formado pelas tesourarias dos bancos e o Fed), o Fed garante que a taxa negociada entre os bancos dos títulos públicos em suas carteiras seja bem próxima da taxa básica (fed funds), fixada nas reuniões do Fomc (Copom do Fed). Dessa forma, nenhum banco seria forçado a vender seus títulos públicos em carteira a preços de banana devido a uma dor de barriga momentânea.

As operações no open market constituem o principal instrumento do Fed e os seus volumes dependem do tamanho do balanço do banco central, mais particularmente do seu passivo que é a base monetária. Com a crise instalada, o Fed passou a aceitar, nas operações de mercado aberto, títulos que não são de emissão do Tesouro, ou seja, títulos que não são públicos.

No entanto, a base monetária, que antes da crise girava em torno de US$ 0,9 trilhão, subiu para US$ 1,5 trilhão, porém mesmo assim não faz frente ao passivo bancário em torno de US$ 15 trilhões, segundo um recente artigo de Martin Wolf do Financial Times.

A figura abaixo mostra, desde o início do ano, a curva vermelha que é a taxa básica diária fixada pelo Fomc e a branca a taxa efetiva praticada no mercado aberto. Observe que desde a 1ª quinzena de outubro o Fed tem permitido que a taxa de juros efetiva no open market fique bem abaixo da estipulada pelo Fomc.


Fonte: Fed (clique na figura para ampliá-la)

Na sexta-feira a probabilidade do Fed cortar a taxa básica, atualmente em 1% aa, em 50 pontos percentuais na próxima reunião do Fomc, cuja decisão será divulgada no dia 16 de dezembro, era de 100% segundo o mercado futuro dos fed funds.

Eventual anúncio de um corte nos juros nessa magnitude será completamente um non event, pois o anúncio apenas refletiria o que já está sendo praticado.

Com a taxa básica se aproximando de 0% aa e o balanço do Fed pequeno diante do tamanho do problema, o seu destino cada vez mais se parece com o do banco central japonês (BoJ ou Bank of Japan) desde meados da década passada.

sábado, 22 de novembro de 2008

When In Doubt Stay Out

Expressão pra lá de conhecida e das menos seguidas. Da minha pequena experiência de 10 anos nos mercados posso garantir que nunca vi um price action tão hostil ao trader de curto prazo (dias, semanas). Imagino que uma leva de neófitos, muitos novos praticantes de technical analysis, na Bovespa deve estar com seus saldos na corretora trucidados. Perderam em meses o que levaram anos para conseguir. Os neofundamentalistas se agarram a múltiplos recentes (de 5 a 10 anos para cá) para chegarem à conclusão de que vários papéis estão "de graça". Mas alguns já devem estar coçando a cabeça...

Vendo as postagens abaixo, concluo que os amigos percebem a mesma coisa. Em particular, a última hora da trading session em WS (15:00-16:00) sempre concentrou a atividade do smart money (institutions). Mas o que se vê nos últimos meses é insano. As major averages - Naz, SP500 e DJIA - andam nos 15 minutos finais até 2 vezes o range do dia registrado até então (máxima menos mínima). Cassino total. Um trader de uma pequena firma lembrou, em uma entrevista, jocosamente que em Las Vegas pelo menos você consegue alguns drinks de graça (rs). O price action do Ibroxespa tem sido similar, com a diferença de que a maior parte dele está com viés na variação das commodities. Por outro lado, na seara macroeconômica, estamos vivendo tempos dos mais interessantes envolvendo embates entre idéias de keynesianos, monetaristas et alli. O mundo acadêmico está mais rico que o real.

Flash Eurozone PMI

Na última quinta-feira foi divulgado pela consultoria Markit o Flash Eurozone PMI, uma prévia do PMI da zona do Euro que é divulgado nos 1°s dias úteis de cada mês, que cobre 85% da pesquisa mensal.

Comentário sobre o principal componente do PMI, Novas Ordens, que apresenta um lead time de no máximo 3 meses:

The worsening output trend reflected a further acceleration in the rate of loss of new orders, which posted the largest monthly fall in the survey history.”

“A deterioração na tendência do nível da produção refletiu o aumento na velocidade da queda do componente Novas Ordens (mais forward looking entre todos os componentes do PMI), que registrou a maior queda mensal da sua história.”

O comentário no final do relatório:

The November flash PMI indicates a shocking deterioration in the Eurozone economy, with output and demand collapsing at sharply faster rates than October’s record declines.”

“O Flash PMI de novembro revela uma chocante deterioração da economia da zona do Euro e o colapso da produção e da demanda em velocidade recorde.”

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

final de dia; final da trap e final da tal pescaria...





But, que "Puxada"!
que baita mordida;
e não peguei nada.
êita Pescaria F.....

...as 'didáticas' TRAPalhadas de DJIA, até agora...



caros (e pacientes)visitantes:
como vou 'aprontar' para fazer
algo, bem mais agradavel que
acompanhar um Intraday (vou
PESCAR) deixo-lhes a imagem
do quadro just now de DJIA, e



DESEJO A TODOS, E AOS SEUS, UM EXCELENTE FINAL DE SEMANA.

terminado o desenho... e agora?... KD a cigana???






fui correndo lá na esquina...

BUT, a desaforada já sumiu.

...just now, uma linda figura da trap da tal cigana




apenas lindo êste inverteded H&S

em DJIA, ou, como chamado, por

nós, aqui em Pindorama, o OCOi.

hoje é dia de 'mea culpa'... e de ciganagem boba.

já começo pedindo desculpas, como já fiz em particular, a todos os torcedores do Cruzeiro, eventualmente sensibilizados pela infeliz brincadeira que aqui fiz recentemente ao azurrense KB (êste velho e veneravel amigo que era o único cara que eu queria ofender...rsrs).

em seguida cito o monólogo da cigana da esquina, a qual, mesmo eu passando muito apressado e sem a cumprimentar, disse "é...esta Sexta-Feira amanheceu com cheiro de chifre queimado"... quá, é o jeitão dela de querer prever uma Trap: puras bobagens, sempre...

finalmente, colo aqui, já que quem cala consente (e se acaso êle me desautorizar, volto e apago), um coment de nosso leitor Richard (já com a correção acrescentada por êle), como faço, eventualmente, pinçando, entre os bem ditos de todos os nossos queridos leitores:

"Richard disse...
KB,
acompanho seus posts desde outros sitios. Outro dia fuçando meus antigos arquivos encontrei um post seu de 2001 muito interessante!
Nele você analisava o grande bear iniciado em 2000. Sugerindo que o bear de 2000 a out 2002 (mesmo publicado em 2001, você tinha como palpite para o final do bear set/out 2002 BINGO!) seria uma GRANDE ONDA A. Terminada esta onda, seguiria uma GRANDE ONDA B que você acreditava que teria duração de 12 a 24 meses em que o otimismo voltaria com toda força.
E o BEAR seria finalizado numa GRANDE ONDA C em que você apontava que os riscos geopoliticos se acentuariam dramaticamente e com possíveis ameaças ao sistema bancário (Bingo de novo!)
A duração do grande Bear seria da Grande onda A a onda C = 7 a 10 anos.
RAZÕES DESSA LONGA DURAÇÃO

(a) critério histórico: os grandes BEARS geralmente duram cerca da metade do GRANDE BULL precedente que durou 18 anos (desde 1982 até 2000);
(b) tempo suficiente para PURGAR todo o EXCESSO de endividamento, alavancagem financeira e maus investimentos no mundo a fora

E olha que interessante as condições que vocÊ colocou para identificar o final da ONDA C;
III - CONDIÇÕES IDEAIS PARA IDENTIFICAR O FINAL DA GRANDE ONDA “C”

1) Baixa performance do mercado nos últimos anos, capaz de gerar uma capa nas principais revistas especializadas em finanças semelhante à famosa da Business Week em agosto de 1982;
2) Declínio das fusões e aquisições;
3) Histórico de lucros fracos das corporações;
4) Pouca participação das pessoas físicas e estrangeiros;
5) Resgate de fundos pelas pessoas físicas durante meses e talvez anos;
6) Recomendação de ações no portfólio ideal pelos estrategistas de WS abaixo de 50%;
7) Grande pessimismo entre os advisers
8) Drástica diminuição das vendas pelos insiders;
9) Elevado percentual de cash nos fundos mútuos;
10) Preços nos níveis MUITO ABAIXO da média histórica.

Você acredita que podemos estar dentro desse possível MOSAICO ?
Na verdade o BEAR de 2000 nunca terminou ? APenas a Onda B que durou um pouco mais do que o normal ?

Abs!
Richard"


BOA SORTE A TODOS E...PELO SIM, PELO NÃO... MUIIITA CANJINHA.

DJIA em semilog


Richard fez questionamento ao KB abaixo quanto ao final da C. Pensando assim o garnde final ocorreria em 2012/2013. Vai saber!

O Retrato do Breakout

O rompimento da parte inferior do caixote em que o SPX ficou contido, e que foi formado por pregões com elevados volumes entre meados de outubro até recentemente, foi chancelado pelo DCB assinalado ontem, dia 20 de novembro.

Os dados macroeconômicos divulgados mais recentemente têm sido acompanhados por expressões do tipo “o pior desde x anos atrás e muitas vezes desde décadas atrás ou em toda a história do indicador”. O dado semanal sobre jobless claims divulgado ontem não fugiu à rotina, tendo sido o pior nos últimos 16,5 anos, mais precisamente desde a última semana de julho de 1992.

As dificuldades no arranjo político para o socorro da indústria automobilística norte-americana têm recentemente arrancado os cabelos dos investidores e credores, e não sem razão segundo alguns dados divulgados ontem pelo J.P. Morgan.

Mais de 10% dos junk bonds (high yields) foram emitidos pelas empresas do setor e um eventual colapso adicionaria pressões adicionais sobre os bancos. Coincidência ou não, o preço do seguro contra default (CDS) dos títulos emitidos pelo Citigroup, que oscilava paripassu com o do UBS, atingiu ontem um pouco mais de 380 pontos, contra 164 pontos do UBS, e somente foi superado pelo Morgan Stanley e American Express.

As empresas do setor automobilístico respondem por um pouco mais de 10% dos anúncios de propaganda, geram empregos diretamente em suas fábricas e indiretamente em uma vasta rede de fornecedores e de revendedores que pode chegar a 3 milhões de pessoas, equivalente em torno de 2% do nonfarm payroll, além de ser as maiores consumidores de aço, alumínio, cobre, plásticos, borracha e chips eletrônicos produzidos nos EUA.

Pesquisa recente revelou que 80% dos consumidores não comprariam veículos de empresas que recorrerem à proteção do chapter 11, que é um conjunto de leis e procedimentos com o objetivo de reorganizar financeiramente empresas insolventes.

Alguns indicadores do pregão de ontem, dia em que o breakout do caixote foi finalmente confirmado, estão resumidos no quadro abaixo e comparados com os registrados em 10 de outubro, dia em que a formação do caixote teve início e quando foram assinalados os piores indicadores no ano da carteira do SPX.


Fonte: KB

O volume financeiro e normalizado registrado ontem, quinta-feira, foi o 7° maior da história da carteira, 90,6% dos papéis fecharam o dia em downtrend mode (não confundir com o percentual dos papéis que caíram, menos o dos que subiram), 76,6% dos papéis registraram novas mínimas nos últimos 20 pregões e 69,8% nos últimos 60 pregões.

Para completar o retrato do dia, em média os papéis da carteira se situaram em 5% do intervalo entre as respectivas máximas e mínimas nos últimos 20 pregões (R HL 20), percentual que revela elevado grau de participação dos papéis na tendência. A fuga para dos investidores para os títulos T Bills de 3 meses derrubou a taxa para 0,03% aa, setores que representam 96% da capitalização total da carteira acompanharam o SPX no breakout (67,6% no dia anterior), os títulos high yields registraram o pior desempenho no ano e o Vix esteve 45% acima do meu modelo.

Uma consideração a parte sobre o sentimento bastante pessimista entre os traders de opções, cuja nota atingiu ontem 9,3 (nota entre 0, extremo otimismo, e 10, extremo pessimismo), bem superior aos 7,3 em 10 de outubro (quanto maior a nota mais bullish na ótica de um contrarian).

Embora o aumento do pessimismo entre os traders seja um aviso aos bears para não serem mais tão complacentes, esse perigo somente se materializaria caso entre em conflito com o price action, evidência inexistente até o momento.

Em resumo, os indicadores relativos ao pregão de ontem foram superlativos em termos de deterioração e, apesar de não terem superado os assinalados em 10 de outubro, no meu julgamento chancelaram o breakout.

No entanto, como a sanção sempre caberá ao mercado, a máxima intradia do DCB de ontem no SPX, que se situou em 821 pontos, passou a ser a fronteira entre o céu e o inferno, podendo servir como o 1° ponto de um trailing stop para os que se atreveram na venda.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Time analysis

Há milênios o homem busca entender o tempo e suas particularidades e Elliott brinca com ela utilizando Fibonacci e sua seqüência. Ele chamou de Time Goal Day o dia no futuro em que um evente em termos de price action ocorrerá. Não determina se para cima ou para baixo mas naquele momento algum price event ocorrerá. Divido aqui os dados apenas como curiosidade.


Utilizando os fundos do SPX em 17/03 e 15/07 calcula-se 118 dias.
118 x 1 ou x 1.618 acha-se um número em elliott chamado time goal day
dia no futuro em que havera´uma ocorrência importante em termos de price action
ou seja entre 15/12 e 23/12.

Não vale rir, hehehehehehe

Até onde vamos aqui?



Em círculo no semanal a área dos 24680 foi resistencia duramte todo ano de 2004. Rompida em 10/12/2004, 3 semanas após foi testada como suporte e assim novamente até 29/07/2005 quando arrancou para cima. Vamos ver

ONDA 5 EM CURSO




ANTES DE TENTAR QUALQUER PULLBACK. Então esperar evolução e pensar na regra sobre onda5 seguindo onda 4 em triangulo = Short course?

Devagar com o Andor que o Santo é de Barro

Quem me conhece sabe que eu esperava há muito tempo pela bomba atômica do deleverage e suas nefastas conseqüências. Sempre soube que quando a tsunami atingisse a minha praia ela aniquilaria uma parcela considerável dos investidores e dos indivíduos comuns, pois ela não se limitaria às fronteiras do mercado. A minha sensação é que poucos se deram conta do poder de devastação dessa onda e que muitos, na crença de que os governantes têm o antídoto perfeito, ainda estão subestimando a sua força.

Assisti horrorizado na virada do século o total das dívidas das famílias, agentes privados e públicos, em relação ao Pib dos EUA, superar o percentual atingido em 1929. Porém, eu não sabia quando a escalada do aumento das dívidas atingiria finalmente um fim. Sendo avesso ao risco, eu confesso que os últimos anos não foram fáceis para mim. Tendo que garantir o leite das crianças, eu não tinha como evitar o lado da compra e não foi fácil enfrentar essa parada, quase sempre com uma só bala na agulha.

Eu sempre fui tomado pela indignação quando assistia às entrevistas levianas dos permabulls (bulls permanentes), a quem eu julgava cínicos, por se tratar de dinheiro de terceiros, ou despreparados. Após finalmente me conscientizar de que essa postura só prejudicava a mim, eu fui forçado, por uma questão de sobrevivência, a realizar um longo trabalho mental para aceitar a realidade que se apresentava.

Eu não sei o que determina o limite que cada pessoa suporta em termos de riscos financeiros, mas eu tenho a plena convicção de que a maioria o ultrapassa por pura ignorância. Eu sei que o meu não é muito elástico, o meu instituto de sobrevivência é aguçado e somente quando eu vejo o goleiro batido e o gol escancarado é que eu bato no peito e viro um Tarzan. Embora esses momentos sejam raros, foram eles que garantiram a minha sobrevivência até então.

Uma hora eu vou ter que enfrentar esse bear market que parece não ter fim, pois novamente estou diante da situação de ter que garantir o leite das crianças. O short side eu já abandonei há algum tempo por pura disciplina espartana, e não tem faltado tentação. Então no momento me sobrou o long side, o da compra.

Felizmente, tendo me preparado para enfrentar esse black swan (que não é tão black assim, pois era esperado por muitos) eu posso me dar ao luxo de não me açodar. E é o que estou fazendo, exercitando toda a minha paciência, mas por outro lado armado de trocentos termômetros para medir a força desse bear market e tentar descobrir quando ele dará uma folguinha.

Nem as recentes investidas no mercado de ações e os apelos patrióticos grotescos (ingênuos nunca) de Warren Buffett, com um discurso irresistível à naivité do caipira norte-americano, abalaram a minha postura gélida em relação ao mercado.

Desde o dia do anúncio, feito após o pregão de 23 de setembro, de que Warren Buffett injetou US$ 5 bilhões em ações preferenciais no banco Goldman Sachs, as ações ordinárias caíram 56%. Sendo um value investor que somente foca o valor das ações e despreza o timing, ele se pode dar ao luxo de deixar na mesa mais de U$ 2,5 bilhões de perdas em uma única tacada. Nós mortais estaríamos fritos.

Faltando uma hora para o pregão terminar ontem em NY, o SPX empreendeu o esperado rompimento da região de congestão que já durava cerca de 40 dias, tendo deixado órfãos todos os investidores e especuladores que compraram nesse período. Caso nessa quinta-feira o SPX não retorne para dentro do caixote e aceite o rompimento de sua parte inferior, estaria confirmado tecnicamente o breakout que eu contava somente para a semana que vem.

No entanto, a musculatura do bear já não é a mesma. Em 9 de outubro, quando pela 1ª vez o SPX visitou o nível dos 850 pontos, 90,6% dos 500 papéis registraram novas mínimas em relação aos últimos 20 pregões (1 mês) e 85,4% em relação aos 60 pregões anteriores (3 meses). No fechamento de ontem esses percentuais eram, respectivamente, 60,8% e 56%. Portanto, há sinais de alguma seletividade nessa fase de baixa, porém a prudência recomenda aguardar mais uns dias para ver se esse quadro se mantém. Além disso, breakout foi feito com volume igual à sua média nos últimos 3 meses, portanto, nada espetacular.

O gráfico diário abaixo, que cobre o período desde março de 2008, mostra na parte superior o volume financeiro e normalizado exclusivamente da carteira do SPX e no corpo do gráfico o R H-L 20 dias na cor violeta, além dos Dias Notáveis (DCA, DCB e DD). Lembrando, os DCAs são identificados pelas setas verdes ascendentes.

O R H-L 20 dias é um indicador pontual (que não depende de média móvel para a sua construção) que mostra, em percentual, o ponto em que na média os preços dos papéis de uma carteira se encontram dentro do intervalo compreendido entre as respectivas máximas e mínimas nos últimos 20 pregões.


Fonte: KB – figura 1 (clique na imagem para ampliá-la)

Em 9 de outubro os papéis se encontravam em média em 0,8% entre o melhor e o pior fechamento nos 20 pregões anteriores e ontem esse percentual era de 12,2%, portanto, uma divergência positiva. A ressalva que eu faria, pela minha experiência, é que quando um indicador atinge um extremo raro é prudente aguardar pelo menos uma dupla divergência antes de tirar conclusões mais contundentes.

O quadro abaixo ilustra quais os setores que acompanharam o SPX no breakout, identificados pela letra S de “sim”, e as respectivas participações em ordem decrescente de importância na composição da carteira. No breakout em setembro 100% dos setores acompanharam o SPX, porém no momento, em termos de valor de mercado, somente 67,6%. É, portanto, mais uma métrica que revela a seletividade do movimento de baixa que pode estar se iniciando, um sinal de fraqueza do bear.


Fonte: KB – figura 2

Os weak hands que operam com opções finalmente sucumbiram ao pessimismo e, entre 0 (extremo otimismo) a 10 (extremo pessimismo), a nota que revela o sentimento atual entre os integrantes dessa categoria de especuladores pela 1ª vez atingiu o nível 9,3, somente superada em março quanto atingiu 9,6. Naquela oportunidade o bear tirou uma soneca durante 2 meses, embora os bulls não tiveram muita força para levantar o SPX.

Entrou chegou a hora da compra? Devagar com o andor que o santo é de barro. Ontem foi divulgado mais um importante leading indicator do mercado imobiliário, Housing Starts, que confirmou o Housing Market Index e que registrou, pasmem, o pior nível de toda a sua história que começou em janeiro de 1959. Na semana passada o ECRI revelou que o seu Weekly Leading Indicator registrou a mínima nas últimas 6 décadas.

Não bastasse isso, a taxa média dos títulos de alto risco, os junk bonds ou high yields, não tem dado folga e voltou ontem a registrar o pior desempenho no bear market, conforme venho alertando há algum tempo.

Na edição online do Financial Times foi veiculado hoje o artigo onde consta: “Average yields on US junk bonds have topped 20 per cent for the first time amid rising concerns about a protracted recession and a wave of corporate defaults.”

Pela primeira vez a taxa média dos títulos de crédito norte-americanos de alto risco ultrapassou o percentual de 20% aa em meio às preocupações em relação a uma prolongada recessão e a uma onda de inadimplências”. (tradução)

Outro fator de preocupação foi o rompimento da base do caixote, onde se situavam 2 DCAs mostrados na figura 1, uma mensagem agourenta que recomenda cautela e paciência, pois apesar do volume apenas normal ontem no breakout, há o risco de surgir uma onda enorme de estopes institucionais que jogariam na lata de lixo todas as divergências positivas mencionadas acima, relacionadas à seletividade observada pelo mesmo no início do rompimento.

Também chama a minha atenção, a volatilidade implícita no nível de 74,26% aa que não está, diante da gravidade da situação, suficientemente distante do valor justo de 52,6% aa pelo meu modelo.

Last but not least, o importante e cíclico setor de tecnologia registrou ontem nova mínima, embora com volume médio, e o problemático setor bancário acompanhou o SPX no breakout.

Não existe economia com tração sem que as ações do setor bancário encontrem um piso no movimento de baixa. Não é à toa que em todas as fases finais dos bear markets existentes no passado, as ações dos bancos apresentaram desempenhos relativos superiores aos das ações dos demais setores. Nem de longe tem sido o caso atual.

Resumindo toda essa narração fastidiosa, cautela e caldo de galinha continuam sendo a melhor receita por ora, pois em bear markets as surpresas acontecem com mais frequência no downside. Por outro lado, já não julgo razoável se aliar aos permabears sob pena de perder a chance de aproveitar um cochilo de um urso que já não tem, aparentemente, o mesmo apetite.

Neutralidade será, pelo menos de minha parte, a postura que eu irei doravante adotar após um longo período abraçado ao urso.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

WS vai ABRIR, a estrada

...fazendo baita FRIA na Europa
e os Futuros, adeus, pertencem.

BOA SORTE E CANJA NÚS ÚRTIS.

alguns banqueiros... com alguns cortes, aqui e alí.

"On Saturday, off the coast of East Africa, pirates seized their largest catch ever: a giant Saudi-owned oil tanker called the Sirius Star. The brazen attack came on the heels of the capture of a Ukrainian vessel (loaded with armaments destined for Kenya) by Somali pirates in September.
One solution would be for the capturing state to press charges based on the much misunderstood and abused principle of "universal" jurisdiction. This is the notion that any state may criminalize and punish conduct that violates certain accepted international-law norms. Although its application in most circumstances is dubious -- there is very little actual state practice supporting the right of one state to punish the nationals of a second for offenses against the citizens of a third -- piracy is one area where a strong case for universal jurisdiction can be made (if only because piratical activities often take place on the high seas, beyond any state's territorial jurisdiction).
Moreover, given the nature of naval operations, discerning who is a pirate is usually a much easier task than separating Taliban and al Qaeda members from innocent bystanders. This fact, all things being equal, should make the task of prosecuting captured pirates an easier process, both from a legal and public-relations perspective."... Fonte: http://online.wsj.com/article/SB122705719422839565.html

xiii... fui colocar um issue - sôbre o assunto que sempre disse que uma hora ia virar moda, qual seja a farra dos Derivativos - sôbre cuja final impunidade (novo tema, velho filme), passei quase a noite todinha 'bolando' [é... sou lento (hexaplégico mental; tipo que não move nem as orelhas e fica com os 4 pés imoveis, no chão), ainda mais no atual moment] e acabei colando o postinho, do WSJ, que ia mandar pro neto...agora deixa ficar; depois apago tal merda.

MARKET: sonhei, no pouco que dormi, ser um trader gringo de "day-trading" (DT? credo!... no início pensei, mesmo sonhando, que seria um pesadelo, como alguns que vivi no passado, tipo 'chamadas' de alavancas de Têrmos, etc), vendendo, alguma coisa aqui, no final do nosso pregão pindorense, já meio diarréico, pra recompra lá em WS, uma hora depois, tipo assim um pouquinho antes da soar a célebre campainha e a bateção de palmas lá dêles gringos; já que deram, ontem, again, o baile de fim de festa na nossa descolada tipo rabo querendo abanar cachorro; no atual anacronismo de horários.

aí, acordei e vi que isto era impossivel de treidar; apenas mais uma fantasia minha; como imaginar, de a tempos, os big Traders Pro, se deliciando ao fazer algo, como isso, aproveitando a diferença de fuso entre WS e as Europeias [que andam de mãozinhas dadas durante o pregão (quem duvidar dê uma olhadinha histórica em DAX; FTSE e CAC)]; prato cheio - tal vulnerabilidade - pra realização de um certo sonho; "áxu"...(essa coisa de achismos e de 'pode'; de 'se'; de 'deve', de 'talvez'; é mesmo um saco... passei na esquina e lá estava a velha cigana: "e aí? disse-lhe eu"... e ela, metida a analista e assídua forense, hiper politizada e cínica: "vão querer, talvez, descontar a pernada de ontem, mas quando abrir lá na Matriz, phode ser outro sabonete; isso deve repetir-se, se der contra-mão na contra-mão - até mais uma possivel garrinchada, dinooovo, no finalzinho do dia - já que Pindô não é leading indicator de WS, apesar de nosso analista presidente, ora plagiando a Regina Duarte, quanto ao 'MÊDO', já 'pensa' em liderar o Obama no k recém-batizado Bolsa Hipoteca".

quá, tais coisas de bola de cristal, até politizadas, são assim: não sabendo ler, mão, ninguém entende e as tais quiromantes fazem de propósito, pô!... e eu sómente queria dizer inocentemente bom dia.

BOA SORTE A TODOS (e aviso...o pirata tá balançando... vai cair?).

Muito difícil saber o rumo


Vejam que os 8180 já foi testado 6 vezes no diário e resistiu e por 2 vezes com DCA's. Em outubro(acho) escrevi que uma onda4 em formato abcde seria geralmente seguida por uma onda
5 curta. Como só erro mesmo, vai saber.

BEJIN, bejin.. e...

. . .

óia, Bob:

lá, sifu, os 9.

aqui o bye aos 43...

e ela beijou os 34 again.

linha reta?...é claro que não.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Housing Market Index

O mercado imobiliário nos EUA merece ser acompanhado de perto, pois além de ter sido a origem da turbulência que estamos presenciando, foi o setor da economia responsável pela suavização da recessão nos EUA no começo da década em curso, devido à renda proporcionada pelos refinanciamentos de residências já adquiridas, esquema parecido com o criado por Charles Ponzi em 1919, no Brasil conhecido como o esquema das pirâmides.

Hoje foi divulgado o Housing Market Index (HMI) pela NAHB que é um índice, ajustado sazonalmente, composto por 3 componentes, um que reflete a pesquisa sobre o quadro atual, o segundo o quadro esperado para os próximos 6 meses e o terceiro o volume do tráfego dos compradores potenciais.

A importância desse índice consiste na boa correlação com várias outras variáveis macroeconômicas, inclusive com a taxa real de crescimento do consumo como seria de se esperar, além de ser publicado com um bom timing.


Fonte: NAHB / Fed / KB

O gráfico acima mostra as flutuações mensais desde janeiro de 1990 da taxa real de crescimento do consumo até setembro de 2008, na cor branca, e do HMI, na cor vermelha, até novembro de 2008, essa última curva obtida por regressão linear.

O HMI divulgado hoje atingiu o nível 9, o pior da série criada desde janeiro de 1985. Portanto, não será do setor imobiliário que o consumidor encontrará ânimo para ir às lojas.

Além disso, o HMI apresenta elevadíssima correlação com os investimentos imobiliários residenciais que, por sua vez, antecipam em média os investimentos imobiliários comerciais em 3 trimestres.