sábado, 16 de maio de 2009

Regras básicas e personalidade das ondas

Fact fez importante comentário no blog então um pequeno resumo:

A análise gráfica é muito mais uma arte do que uma ciência exata, já que é possível diferentes formas de avaliação e
interpretação dos dados. A vantagem da Teoria das Ondas, entretanto, é que ela estabelece três regras que nunca podem ser
rompidas, tirando uma boa parte da subjetividade.
Regra 1: A onda 2 nunca termina abaixo do início da onda 1
Regra 2: A onda 3 nunca é a mais curta
Regra 3: A onda 4 não pode terminar dentro da área da onda 1
Elliott destacou como fundamental a compreensão do comportamento do mercado a cada onda. Levando-se em consideração
que o mercado é formado por uma massa de indivíduos, a personalidade de cada uma das ondas da seqüência de Elliott é
parte integral da psicologia dessa massa, oscilando constantemente entre o pessimismo e o otimismo.
Vamos tomar por base um mercado que venha de um forte movimento de baixa e vejamos a personalidade das ondas durante
o processo de mudança e estabelecimento de uma nova tendência de alta.

Onda 1: Após uma tendência de baixa é compreensivo que o principal sentimento dominante do mercado seja o medo. Ela
costuma ser a mais curta das ondas de impulso e neste momento são poucos os que acreditam na mudança da direção da
tendência.
Onda 2: Ela costuma devolver boa parte do avanço obtido na onda 1 (normalmente 62%). A grande característica da onda 2 é
a surpresa, uma vez que o fundo desta onda permanece acima do fundo da onda 1, quebrando assim a expectativa da
continuidade da baixa.
Onda 3: Ainda tomados pela surpresa da sustentação apresentada pelo fundo da onda 2, os investidores passam a ficar
otimistas quanto aos fundamentos e passam decididamente a operar na compra, forçando uma rápida corrida de preços.
Todos os fundamentos parecem ficar positivos e forte alta é verificada. Esta onda costuma ser a mais longa e dinâmica nos
mercados à vista.
Onda 4: Esta onda surge como uma correção da onda 3 que a precedeu. Normalmente as ondas 4 alternam-se em grau de
complexidade com as ondas 2. Se a onda 2 foi simples, a 4 é complexa, e vice-versa. Corrigem normalmente 38% da onda 3
anterior e normalmente se apresentam de forma lateral, muitas vezes se apresentando em forma de triângulo.
Onda 5: Tendo finalizado a onda corretiva 4, inicia-se nova arrancada onde os preços atingem níveis máximos e começam a
surgir as divergências entre os indicadores técnicos e gráfico de preços. A euforia dominante no mercado se transforma em
manchetes nos jornais e revistas atraindo novos investidores não profissionais. Neste cenário alguns investidores mais ágeis
iniciam processo de realização de lucros saindo do mercado. Começam a surgir os primeiros sinais de fraqueza no mercado.

5 comentários:

Anônimo disse...

O senhor aqui foi extrema e oportunamente detalhista e mais uma vez, assim como os demais colaboradores deste blog, autentica com todos selos a tendencia deste espaco de ser realmente um porto seguro no enganoso e pouco confiavel mar revolto do noticiario informativo e analitico do mercado acionario, alem de vir desde o inicio demonstrando ser de fato um blog solidario e tecnicamente didatico.

De seu mesmo aluno do coment ao seu post mais recente.

Fact Finder disse...

Bob, essa associação entre price action e sentimento da massa, refletido em fóruns e mídia é muito importante. E não raramente, ajuda a dirimir dúvidas a respeito da onda em voga.
[]s

murphybr disse...

Por outro lado:

Onda 1: Após um tendência de alta é compreesivo que o principal sentimento dominante do mercado seja a euforia, com investment grade e tudo.
Ela costuma ser a mais curta das ondas de impulso e neste momento são poucos os que acreditam na mudança de direção da tendência.

Onda 2: Ela costuma devolver boa parte do recuo obtido na onda 1 (normalmente 62%). A grande característica da onda 2 é
a surpresa, uma vez que o topo desta onda permanece abaixo do topo da onda 1, quebrando assim a expectativa da
continuidade da alta.

Onda 3: Ainda tomados pela surpresa da resistência apresentada pelo topo da onda 2, os investidores passam a ficar
pessimistas quanto aos fundamentos e passam decididamente a operar na venda, forçando uma rápida queda de preços.
Todos os fundamentos parecem ficar negativos e forte baixa é verificada. Esta onda costuma ser a mais longa e dinâmica nos
mercados à vista.

Onda 4: Esta onda surge como uma correção da onda 3 que a precedeu. Normalmente as ondas 4 alternam-se em grau de
complexidade com as ondas 2. Se a onda 2 foi simples, a 4 é complexa, e vice-versa. Corrigem normalmente 38% da onda 3
anterior e normalmente se apresentam de forma lateral, muitas vezes se apresentando em forma de triângulo.

Onda 5: Tendo finalizado a onda corretiva 4, inicia-se nova arrancada onde os preços atingem níveis mínimos e começam a
surgir as divergências entre os indicadores técnicos e gráfico de preços. O pânico dominante no mercado se transforma em
manchetes nos jornais e revistas afastando novos investidores profissionais. Neste cenário alguns investidores mais ágeis
iniciam processo compra, entrando lentamente no mercado. Começam a surgir os primeiros sinais de força no mercado.

sardinha disse...

Muito bom o debate.

E as ondas A B e C, onde entram?

Bob disse...

ABC são as subdivisões das ondas 2 e 4, tanto na alta como na baixa.