sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Pullback assustou vendedores BUT

Mercado: Aluguel de ações da Vale dispara no dia anterior à divulgação do balanço
Eduado Campos, de São Paulo
Houve um forte aumento no aluguel de ações preferenciais (PN, sem voto) série A da Vale no
pregão de quarta-feira, que antecedeu a divulgação de resultados da companhia. Foram alugados
mais de 12,4 milhões de ações, uma posição que equivale a mais de R$ 400 milhões.
O aluguel de ações ajuda a medir a expectativa de baixa para uma companhia, pois o investidor
aluga o papel e o vende no mercado à vista na esperança de recomprá-lo mais barato depois. Ou
seja, o investidor prevê uma queda brusca no preço.
Segundo o diretor do portal InvestCerto, Luiz Rogé, que faz o acompanhamento diário dessas
posições, nas últimas semanas, a média dos aluguéis não passava de 800 mil ações. Segundo
Rogé, não é possível afirmar que o investidor, ou investidores, que fizeram esse grande aluguel deações da Vale venderam as ações no mercado à vista. No entanto, essa é a operação que faria
mais sentido, tendo em vista que os resultados da mineradora não agradaram e o papel começou o dia ontem sob forte pressão vendedora. O papel PNA chegou a cair mais de 3%, para R$ 40,89 na mínima do dia.
No decorrer do pregão, a pressão de venda foi perdendo força e as ações da mineradora
acompanham a melhora geral do mercado até fechar o dia com alta de 1,89%, a R$ 43,00. A ação
ordinária (ON, com voto) também subiu, ganhando 2,34%, a R$ 49,69.
Isso significa que o especulador que fez o aluguel pode ter perdido muito dinheiro se não reverteu a operação logo cedo, quando os preços estavam em queda, ou se não se protegeu com o uso de opções. Esse tipo de operação embute um risco muito grande, pois caso o papel suba, a perda do investidor pode ser ilimitada, observa o analista.
Rogé, que é especialista em opções, explica que há uma forma de se fazer essa operação sem
correr risco de alta da ação. A estratégia consiste em alugar o papel, fazer a venda e, ao mesmo
tempo, comprar uma opção de compra do mesmo papel.
"Isso se chama opção de venda sintética, o agente ganha dinheiro com a queda do papel sem
correr o risco ilimitado no caso de alta do preço do ativo."
Questionada sobre a movimentação atípica com o aluguel de ações da Vale no dia de divulgação
de balanço, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmou apenas que "acompanha e analisa a movimentação dos papéis da companhia e adota as medidas devidas quando necessário".
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Um dos lados vai levar uma trolha danada

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