segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E segue a lama!!

Sete das 17 empresas que ajudaram a bancar o filme receberam R$ 407 milhões neste
ano em contratos com o governo Outras cinco financiadoras da obra sobre a vida de Lula
obtiveram financiamentos do BNDES; empresas dizem não ver problema em ajuda

A maior parte das 17 empresas patrocinadoras do filme "Lula, o Filho do Brasil", que deve entrar no circuito comercial em 1º de janeiro, mantém negócios com os ministérios e bancos do governo federal. Apenas em 2009, sete dessas empresas receberam cerca de R$ 407 milhões
em pagamentos diretos da União por conta de obras, aquisição de equipamentos e outros serviços. Outras cinco obtiveram financiamentos do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) desde o início do mandato do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, em 2003, e outra tem como sócio um banco estatal e o fundo de pensão a ele
ligado, ambos controlados pela União. O Banco do Brasil e a Previ (fundo dos funcionários do BB),
cujos presidentes são nomeados pelo governo federal, detêm cerca de 61% das ações da Neoenergia, terceiro maior grupo do setor energético brasileiro, que confirmou
à Folha ter doado R$ 500 mil para a produção do filme.
O custo total é um dos mais altos do cinema nacional. Os produtores, a família de Luiz Carlos Barreto, afirmam que foi de R$ 12 milhões. As empresas investiram de uma maneira pouco usual no mercado: injetaram dinheiro próprio e fora das leis de incentivo à cultura que
preveem o abatimento das doações no Imposto de Renda. Os produtores do filme dizem que não usaram as leis de fomento justamente para não serem acusados de beneficiamento indevido.
Se preservou o dinheiro dos contribuintes, o caminho adotado pelos produtores tornou a operação menos transparente. Nos projetos financiados de acordo com as leis de incentivo à
cultura (cerca de R$ 88 milhões em projetos de cinema em 2008), a Ancine (Agência Nacional do
Cinema) tem acesso aos valores e às empresas financiadoras, dados que tem de publicar em seu site. Não é o caso do filme "Lula". "É como um negócio qualquer entre duas empresas. Não temos
acesso a essas informações", informou a agência. Em e-mail enviado à Folha por meio de sua assessoria, a produtora Paula Barreto informou que os valores exatos da doação de cada
empresa não podem ser revelados: "Os contratos são confidenciais, não é possível divulgar valores". Na edição de ontem, "O Globo" informou que Paula disse que quatro
doadores pediram para que seus nomes não fossem divulgados, o que eleva para 21 o número de doadores do filme, contra os 17 anunciados. Procurados pela reportagem,
alguns patrocinadores concordaram em divulgar suas cotas. O Senai (Serviço Nacional de
Aprendizagem na Indústria) informou ter doado R$ 2 milhões, a Neoenergia, R$ 500 mil, e a EBX, do empresário Eike Batista, R$ 1 milhão -em 2009, Eike doou a mesma quantia para o filme "Cinco Vezes Favela" de Cacá Diegues, também de forma direta. A maior parte das empresas alegou que a estratégia de não revelar o valor da doação faz parte da
política usual da companhia na área dos patrocínios, não tendo relação com o filme.
A telefônica Oi, que fechou anteontem com o BNDES um contrato de financiamento de R$ 4,4
bilhões, manteve o mesmo tom: "A Oi tem como prática não informar valores específicos por projeto patrocinado".

3 comentários:

aguia disse...

BOOOOOOOOOOOOOOóóóOOOOOB:

hmmmmmmmmmmmmmmmmm...

...agora fiquei curioso, monxéramí.

áxu ki vô assistir a l'avant-derrière!


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Fact Finder disse...

The same old song and dance...

Bob disse...

Só assisto filmes que o protagonista morre no final, hehehehe