O Brasileiro tem ojeriza de obras faraônicas. Falar em obra faraônica já remete a uma obra superfaturada e que provavelmente nunca será concluída.
Compreensível - dada a nossa dificuldade em terminar uma obra. Há mais de 15 anos eu espero, inutilmente, ver a BR-153 ficar pronta.
Ainda assim, algumas obras gigantescas seriam úteis no Brasil, por uma série de motivos:
- Ajudariam a captar a poupança excedente nacional e internacional.
- É relativamente mais fácil fiscalizar uma mega-obra que duzentas pequenas obras espalhadas.
- Ofereceriam soluções de longo prazo a problemas-chave em termos de rentabilidade e sustentabilidade.
Por isso é que eu gostaria de ver os seguintes projetos serem construídos...
- Megarrodovia ou megaferrovia que ligasse o centro-oeste aos portos (escoar soja).
- Sistema de bombeamento de água para evitar alagamentos na cidade de São Paulo.
- Construção de um pólo bioquímico, com alguma faculdade de excelência (nível ITA) sendo construída para trazer este desenvolvimento.
- Metrô SP-RJ
- Metrô Brasília-Goiânia (tá bom, meu interesse)
- Megafundo de conservação ambiental, comprando floresta e vendendo créditos de carbono.
Cada um destes é algo complicado e caro. Mas e se você tivesse, digamos, cinquenta bilhõezinhos para azeitar o negócio?
Em cada uma destas situações, o governo pode aceitar menores taxas de rentabilidade em troca de um desenvolvimento aumentado durante uma perpetuidade, sem falar em mais impostos.
Duro mesmo, só controlar a execução. Porque os 170 km que separam Goiânia de Itumbiara, ah, estes não ficam prontos nunca.